Post Extraordinário
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Acabou.
Esse blog acabou.
Após as minhas aventuras nipônicas, cheguei a conclusão que perdeu a graça escrever aqui.
Não faz mais sentido.
Não que as minhas aventuras tenham acabado. Elas apenas recomeçaram.
Pra vocês terem uma ideia disso: Ao voltar do Japão, enfrentei uma viagem de 52 horas de trânsito, conheci Auckland (e quase fiquei por lá mesmo), cheguei em BH e, em uma semana, resolvi toda a minha vida para ser vivida a 2.850 km dali, em Belém do Pará. Peguei o carro e com mais um [doido] co-piloto, enchemos o carro de caixas e partimos rumo ao norte.
Para completar, daqui a 13 dias a minha filhota nasce.
Eu acho que não nasci para ter uma vida normal. É herança da família do meu pai.
Outra grande herança deles é a capacidade de deixar projetos pela metade, sem o mínimo peso na consciência.
Logo, esse blog acaba aqui.
Falous.
=]
E aqui terminam as minhas aventuras nipônicas na terra do sol nascente.
Seis meses.
Metade de um ano.
Passou rápido e ao mesmo tempo, tive dias que levaram séculos.
Cheguei dia 02 de outubro, em pleno outono, e tava quente pra caralho.
Eu tinha uma idéia totalmente diferente de tudo que se passaria por aqui. Na verdade, eu nao tinha idéia nenhuma, mas achava que tinha.
Fiz ótimos amigos, vi culturas estranhas, subestimei [como sempre] pessoas que mais a frente viriam me surpreender, e outras nem tanto.
A experiência inter-pessoal foi fantástica.
A intra-pessoal idem.
O curso andou bem, e melhorei muito na arte da fotografia.
To ate pensando em levar isso mais a serio.
Agora eu olho pra tras e vejo otimas memórias de uma turma de crianças que fomos. Todos analistas, com seus 20 e poucos anos, se comportando como se tivessem no 2o grau.
Otimos amigos.
Lindas pessoas.
Terminei o ultimo dia sendo o orador da turma, e fazendo palhacada na frente do prefeito da cidade e dos diretores do orgao que nos trouxe. Nada menos "Iuri".
E eu to aqui, arrancando os cabelos que raspei, de ansiosidade, pois serão dois retornos: Um para o meu pais de origem, e outro para a minha cidade natal, depois de 2 anos e meio fora.
To de volta, com baterias recarregadas e cheio de idéias malinas na cabeça oca.
To de volta!
\o/
[mas antes eu vou passear um dia inteirinho em Auckland]
... Um abraço pra quem fica.
Eu sou Iuri Fernandes às 5:29 AM 1 arrotos
isso me parece: Despedidas, Japão, Okinawa
E aqui acabaram-se as minhas aventuras nipônicas.
Depois de um mes estressante onde tivemos que desenvolver um sistema, onde a única maneira que os japas encontraram de deixar essa tarefa difícil, foi nos dando metade do tempo necessário para tal.
Foi um mês corrido, mas enfim, acabou.
Acabou o sistema [e o curso].
Estou de malas prontas para retornar ao Brasil em 4 dias.
E fica a pergunta: Valeu a pena?
Responderei a pergunta de acordo com vários pontos de vista.
- Do ponto de vista profissional: SIM. O curso começou meio fraco, mas mostrou-se muito interessante, principalmente pela qualidade dos instrutores [todos analista e/ou técnicos e/ou gerentes de altíssimo nível]. Valeu principalmente pelo ultimo mês. Vi que ainda tenho muito a aprender. Poderia ter sido melhor? Poderia [sempre pode ser melhor] - mudando pouquíssimas coisas, o curso pode melhorar, e muito!
- Do ponto de vista pessoal: ABSOLUTAMENTE SIM. Os 5 meses e meio aqui me serviram para tantas coisas, que seria impossível quantifica-las, pois muito do aprendido não pode ser quantificado. Mas talvez possa ser qualificado, como uma puta experiência de vida. Com os japoneses, com uma américa latina desconhecida por nos [hermanos brasilenos]. Culturalmente falando, eu aprendi muito sobre árabes e asiáticos. Quantas racas, cores, credos, vidas.
A vida no Japão, não foi exatamente uma vida japonesa. Foi uma grande republica mundial. E, se por um lado eu bati meu recorde em consumo de whisky [Bourbon na verdade], por outro eu desintoxiquei a mente e o corpo em outros aspectos. Celular e carro, são duas pragas da vida moderna que eu simplesmente ignorei. Andei pra burro. Respirei idem. Perdi uns 5 quilos. Ganhei musculos na coxa.
Claro que em certas horas você quer pirar de saudade e solidão. Mas é tentar aguentar firme e saber que sempre existe o próximo dia. Claro que senti saudade. Claro que as vezes deu vontade de pegar o primeiro vôo, sem escalas, no entanto, sabemos que rapadura é doce, mas não é mole não. Entao se precisamos chegar ao ceu, é preciso morrer antes.
E vamo que vamos que o tempo não para.