BuscaPé, líder em comparação de preços na América Latina

29 dezembro 2006

Irônico pra caraleo

Mais uma musica hoje. Musica forte pra caralho, que eu sempre gostei. Gitarras distorcidas, com bastante raiva na voz do Billy Corgan, como é de se esperar do Smashing Pumpkins: As musicas ou são depressivas ou são agressivas. Algumas falam de inocência e de amor, mas são raridades.
Eu sempre tentei entender a letra dessa musica, na verdade encaixar ela com algum tipo de acontecimento ou pessoa, mas eu nunca havia passado por nada que associasse a ela. Nem havia conhecido ninguém que fosse um bala com asas de borboleta. Até agora.
Até mesmo o título me intrigava: Bala com asas d
e borboleta.
Como assim Bial?
Mas eu entendi agora.

Simples.

É um projétil, um objeto que mata, destrói, aleija. Disfarçado com asas, que mostram um lado dele frágil, belo, que talvez distraia e disfarce o propósito para qual um projétil é feito: Matar.
Apesar das asas, um projétil sempre será um projétil, e como o próprio Corgan fala: "What is lost, can never be saved".


Somos o que somos, não mudaremos isso nunca.



"E apesar de toda a minha ira, eu sou apenas um rato numa gaiola".

Lindo isso...



Smashing Pumpkins - Bullet With Butterfly Wings

The world is a vampire
Sent to drain
Secret destroyers
Hold you up to the flames
And what do i get
For my pain
Betrayed desires
And a piece of the game

Even though i know
I suppose I'll show
All my cool and cold
Like old job

Despite all my rage I am still just a rat in a cage
Despite all my rage I am still just a rat in a cage
Then someone will say what is lost can never be saved
Despite all my rage I am still just a rat in a cage

Now I'm naked
Nothing but an animal
But can you fake it
For just one more show
And what do you want
I want to change
And what have you got
When you feel the same

Even though I know
I suppose i'll show
All my cool and cold
Like old job

Despite all my rage I am still just a rat in a cage
Despite all my rage I am still just a rat in a cage
Then someone will say what is lost can never be saved
Despite all my rage I am still just a rat in a cage


Tell me I'm the only one
Tell me there's no other one
Jesus was an only son
Tell me I'm the chosen one
Jesus was an only son for you

28 dezembro 2006

Retrospectiva 2006

Caros amigos da rede globo de televisão, estamos aqui reunidos para mais um programaço de fim de ano: Retrospectiva 2006.


Começando do primeiro dia 1 do ano de 2006, eu não fui passar o reveillon em São Tomé das Letras, muito menos no carnaval eu fui pra Cabo Frio. Mas em compensação, fui para BSB a trabalho sim, enquanto em BH estava rolando uma exposição da Casa Fiat.
Isso já foi final de março, e lá, eu não fui pra Rave do GMS, nem me hospedei no último andar do Meliá Brasilia, não, eu não dormi. E saindo de lá não fui para o show do Jack Johnson em Sampa, nem fui tomar café na liberdade, e graças a isso eu não passei o sufoco de quase perder o vôo de volta para BH.
Abril...?
Ah é: Semana santa!!!
Sim, eu hospedei minhas duas deliciosas e queridas amigas Ramila e Guta em casa, inclusive, dei uma delas de presente para o meu grande amigo Igor, porque afinal, ele adora as paraenses. Pelo menos eu não tive que aguentar piti de uma doida morta de ciúmes dele.
Mas conheci Ouro Preto e Lavras Novas.
Maio foi um mês foda. Teve greve no serpro, e eu machuquei muito uma pessoa que podia vir a ser um grande amigo.
Junho, copa do mundo, deu pra chamar o povo lá pra casa... só os chegados é claro... Fred, Wal e meu grande amigo Igor. Inclusive, eu acho que foi no primeiro dia do jogo da argentina que fomos para a Obra. Grannnnde Noite!!!! O Line Up estava só nos anos 90... Não me lembro de te me divertido tanto quanto naquela noite. Somente companhias agradáveis!!!!
Por sinal, ele tá pegando uma doida muito gostosa...
Festa Junina do Serpro. Tocou até Funk.
Julho teve RAM , Leila e sua deliciosa macarrona. Depois Leandro, Michel e Erika (que menina legal), eu tava meio sem grana, mas sempre dar-se um jeito. Fizemos o básico de BH: Boteco, boteco e boteco. Ah claro! De vez em quando a gente comia também. O leandro não gostou do meu grande amigo Igor. Muito implicante esse Leandro.
Fim de julho começaram as pespectivas de um novo dia, pois o apartamento novo estava a disposição e então começou a reforma.
Agosto o Costinha apareceu por aqui também. Teve até uma festinha em casa. Festinha legal sô. Putz, quando eu lembro o trabalho que deu... Mas valeu a pena. Tá certo que por causa dela eu joguei R$100,00 no lixo. Eram os ingressos da XXXperience. Já pensou? Talamasca.... aff... mas o que é uma puta festa com o pai do trance e várias tchutchucas baladas dançando e se agarrando com tudo o que se mexe, quando se está ao lado de pessoas legais e confiáveis, né?
Inclusive nesse dia eu conheci outra figura gente boa, o Gustavo Piu. Gente boa pra caralho. Conheci inclusive a namorada dele. O Feio e o Costinha também não gostaram do meu grande amigo Igor. O que esse pessoal tá vendo que eu não estou? ô povo!
É por isso que eu digo: Faça o que você faz, porque você gosta de fazer o que você faz. (Dá até pra fazer uma camisa com essa frase).
Setembro teve a mudança, no meio da bagunça. Ainda bem que meu grande amigo Igor estava lá pra me ajudar, se não fosse ele, eu não teria ninguem para cuidar da casa enquanto eu ia fazer as minhas obrigações.
Parei de Fumar.
O Neto apareceu com a Karla. Mais circuito: Boteco, boteco e boteco.
Saiu também a reforma, junto com um rombo no meu orçamento...
Setembro é mês de aniversário, do meu aniversário. Reunião simples. Acho que teve um quebra pau por algo que eu não me lembro bem. Acho que uma parede de casa caiu.
Outubro.
Contas, e dívidas. O jeito é tirar férias para tapar o rombo. Vou dar um pulinho em Belém. Pena que meu grande amigo Igor, não estará aqui nessa para tomar conta da casa, mas pra isso tem o Gustavo, lembram? Gente boa ele.
Belém é bacana... Belém é legal... mas tem algo que me faz querer voltar. Acho que é saudade de casa.
Dito e feito, a casa tava meio bagunçada, um tanto quanto babujada. Acho que o Gustavo não fez o trabalho dele direito.
Mas pra que se preocupar com pequenas coisas, quando existem coisas bem melhores a fazer, como por exemplo uma festa no De Puta Madre que eu não fui. UHUUU...
Um Sushi Night que não existiu, mas o meu grande amigo Igor estava lá curtindo todas as delícias de fazer aquilo do que fizeram dele.
E começou Novembro, tudo estava na mais calma paz. Tranqs. Algumas saídas básicas pra casa do Rui (que também não gostou do meu grande amigo Igor - ainda bem que eu acredito na bondade do ser humano), talvez umas incurssões ao submundo perto de ouro preto para depois subir no alto da Utópica ouvindo uma bossa nova roxa.
Mas nem sempre a vida é um doce e final de Novembro pintou uma viajem a Sampa.
Ei Renato, não vai bater no meugrande amigo Igor. Ele é assim mas é gente boa rapá.
Nesse meio tempo, eu notei que tinha uma faixa cobrindo os meus olhos, mas ela era muuuuito fina, quase imperceptível. Notei que as minhas mãos estavam atadas também, acorrentadas no seu calcanhar. Ainda bem que eu tenho as FACAS GUINZO, e consegui cortar essas amarras em Dezembro. O foda foi porque estavam muito entranhadas em mim. Não tive escolha. Tive que cortar minha carne junto.
Eu acho que sangrei até a morte.
Até acordar nos braços de uma anja (Sim, no feminino mesmo. Tá me estranhando?), que me disse que eu teria que voltar. E isso não era opcional. Eram ordens superiores.
Quem sou eu pra discutir???

"Enfim"...

O balanço foi positivo: Eu até voltei a fumar!


Agradeço de todo coração a Dona Manoela, Seu JB, Dona Elba, Fred, Walkiria, Seu Alfredo, Raquel, Carrijo, Leandro, Erika, Rui, China, Frodo, Miller, Magna, Magno, Djalma, PA, Costinha, Feio, Neto, Karla, Urso, Renato, Tati, Folha, Beto, Dona Beth, Zé Romano, Rodolfo, Marcus Regis, Marcio Lucena, Ramila, Ana Julia, Boca, Liane, Carolzona, Iara, Maíra, Tio Brother, Angelica, Murilo, Dona Rosa, Márcel, Lola, Ana Lídia, Naiana louca, Amandinha, Marcia, Narinha, Nanda, Thiago Gamboa, Larissa Abbud, Priscila e mais pelo menos umas 200 pessoas que fizeram desse ano um conto de Nelson Rodrigues com requintes de novela mexicana.

Que venha 2007.

Acho bom que quem tenha telhado de vidro começe a considerar uma blindagem.


27 dezembro 2006

Drummond


Resíduo

De tudo ficou um pouco
Do meu medo. Do teu asco.
Dos gritos gagos. Da rosa
ficou um pouco.

Ficou um pouco de luz
captada no chapéu.
Nos olhos do rufião
de ternura ficou um pouco
(muito pouco).

Pouco ficou deste pó
de que teu branco sapato
se cobriu. Ficaram poucas
roupas, poucos véus rotos
pouco, pouco, muito pouco.

Mas de tudo fica um pouco.
Da ponte bombardeada,
de duas folhas de grama,
do maço
vazio de cigarros, ficou um pouco.

Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.

Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.

Se de tudo fica um pouco,
mas por que não ficaria
um pouco de mim? no trem
que leva ao norte, no barco,
nos anúncios de jornal,
um pouco de mim em Londres,
um pouco de mim algures?
na consoante?
no poço?

Um pouco fica oscilando
na embocadura dos rios
e os peixes não o evitam,
um pouco: não está nos livros.
De tudo fica um pouco.
Não muito: de uma torneira
pinga esta gota absurda,
meio sal e meio álcool,
salta esta perna de rã,
este vidro de relógio
partido em mil esperanças,
este pescoço de cisne,
este segredo infantil...
De tudo ficou um pouco:
de mim; de ti; de Abelardo.
Cabelo na minha manga,
de tudo ficou um pouco;
vento nas orelhas minhas,
simplório arroto, gemido
de víscera inconformada,
e minúsculos artefatos:
campânula, alvéolo, cápsula
de revólver... de aspirina.
De tudo ficou um pouco.

E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.

Mas de tudo, terrível, fica um pouco,
e sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob os túneis
e sob as labaredas e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito
e sob o soluço, o cárcere, o esquecido
e sob os espetáculos e sob a morte escarlate
e sob as bibliotecas, os asilos, as igrejas triunfantes
e sob tu mesmo e sob teus pés já duros
e sob os gonzos da família e da classe,
fica sempre um pouco de tudo.
Às vezes um botão. Às vezes um rato.

Frase do dia

Um dia me escreveram isso:

"Um homem não se faz por títulos autorgados por outro homem, mas sim por atitudes de lealdade e honra..."

26 dezembro 2006

Fim de noite

Eu tenho uma teoria: O final da noite é que vale.

Como assim Bial? Eu explico.

Você vai sair pra balada, no caminho o pneu do seu carro fura, aquela menina que você ia sair te liga falando que não vai mais, você segue pra festa assim mesmo. Chegando lá, tá tocando Banda Calipso, a cerveja tá quente, e o ar condicionado tá parecendo mais um aquecedor. Você ainda pega fora de todas as mulheres que chegou e das que não chegou também. Putz! Que noite merda.
Então, a melhor coisa a fazer é ir pra casa. Na saída da festa, tem uma loira espetacular com problemas no carro dela, e você se prontifica a ajuda-la. O problema é meio complicado de resolver, é melhor chamar o guincho e oferece-la uma carona pra casa. Ela aceita. E ao chegar lá, ela te chama pra subir e te agarra (o resto fica por sua imaginação, prezado leitor).
No outro dia, acordando do lado daquela deusa você pensa: "Caralho!!!! Que noite espetacular!!!!"

Em uma outra situação, você sai de casa com uma companhia perfeita, jantam em um restaurante excelente, bebem um bom vinho, vão ao encontro de amigos e riem, brincam, dançam. Enfim, que noite perfeita.
Após deixa-la em casa, em um cruzamento à um quarteirão da sua casa, um imbecil avança o sinal vermelho e arrebenta com o teu carro. Tens que socorrer a namorada do babaca, chamar guincho, seguro, fazer boletim de ocorrência, etc.
Aí você pensa: "Que merda de noite!!!!".

Entenderam?

O que importa é o fim da noite.

E isso serve não só para uma noite, mas para um ano inteiro!


... ainda bem que o meu acabou bem!

24 dezembro 2006

Sobre campping, mosquitos, sol e afins...

Um bom lugar para passar pelo menos um fim de semana nos arredores de BH é a Serra do Cipo.
Em dois dias, tivemos direito a um por do sol belissimo;

Algumas poses feitas;



Jantar a luz de velas;



Acampamento com vinho;




Um sol rachante ao acordar, o que nos leva a cachoeiras!








Enfim, boas companhias, verdadeiras, espontaneas.
Nada de ficar se tolindo ou medindo palavras e gestos.
Nada de ficar observando com o canto do olho, nem sendo observado.
Nada de culpas ou desculpas.

Nada mais que isso: Sol, agua, e alguns mosquitos senao fica perfeito demais!